segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

ROCKEIRO E CRENTE

Estava assistindo a um vídeo de humor cristão que está até fazendo um sucesso no youtube, quando me deparei com um comentário sem nenhum senso de historicidade, não me ofendi pelo comentário, muito pelo contrário, ri muito pela situação mesmo ela sendo mais trágica do que cômica.
Quero pontuar que o meu gosto musical não deve interferir na minha opinião, pois desde pequeno fui exposto a todos os tipos de música e com muito zelo aprendi a me comportar no meio disso tudo, extraindo o melhor do que ouvia e descartando o que não me fazia bem. Acredito que seja isso o que falta para alguns crentes, a maturidade de perceber os benefícios por traz de cada movimento e os frutos que são gerados através deles em sua totalidade.

Para começar quero enfatizar que fico triste em saber que pessoas que se dizem cristãs ou crentes saiam por ai "vomitando as burrices discriminatórias" que ouviram em um programa de rádio da igreja local, ou que viram em vídeos ou comentários nas resdes sociais. Quando se sentem ofendidas por causa de uma critica humorística feita à uma música ou a um conjunto de músicas, como pode ser visto no vídeo, essas pessoas utilizam suas próprias verdades baseadas em heresias, ignorando as verdades das sagradas escrituras em sua defesa e imputam seu ignorância como uma verdade autoritária, pregrando-a de qualquer maneira e jogando-a em qualquer grupo, redes sociais ou rodas de discussões afim de defender seu próprio ego, negando a revelação de Cristo. Ofendem segmentos músicais como o Rock e outros segmentos por acreditar que o pecado estaria enraizado no estilo músical e não na atitude humana, como se uma boa música inspirada por Deus dependesse somente ser de worship ou congregacional. Sabemos na fé que Deus se revela em todos os lugares, tribos, grupos políticos, músicos, igrejas entre outros, mas o que define a qualidade do que se é materializado dessa revelação é a intimidade com Deus e o talento humano individual. Um dos exemplos artísticos/cristão que mais gosto é quando o individuo se coloca em segundo plano em sua obra, para que o amor de Deus seja exaltado e todos sejam comparados na igualdade da criação divina. Somos todos iguais, mesmo que diferentes, disfrutamos do mesmo amor e somos revelados a mesma verdade, por isso que vivamos em comunhão!

Vou juntar pra dividir/Isso que faz sentido para mim/Teu amor me constrange a repartir/Isso que faz sentido para mim. Trecho da música "Meu Umbigo" de Quarto Fechado.

Eu não nego a eficiência dos estilos musicais na vida de cada pessoa seja ela sertaneja ou litorânea, o que mais prezo em todos os casos é que a verdade por trás da vida do autor/escritor seja manifesta e que pregue o amor, a suficiência, a ira, o perdão entre todos os atributos de Deus, e que toque os corações e os façam refletir.


Sem mais, cumprimento-vos com o rock'n roll!   

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

DEUS NÃO ESTÁ MORTO - FILME CRISTÃO



Frase chave do filme: EM QUE VOCÊ ACREDITA?

    Inicialmente, preciso dizer que o filme tem alguns pontos questionáveis por alguns motivos que irei citar no decorrer desse post, mas ele tem alguns pontos fortes também. Apesar de se tratar de uma resenha, a minha opinião é a mesma de um espectador comum que deseja assistir filmes ótimos, sejam eles cristãos ou não.

    A trama envolve um ateu arrogante que trava algumas disputas com o ator principal. No filme somos apresentado também a figura de um pastor que aparece em alguns momentos como um conselheiro. A produção do filme para acolorar ainda mais esse debate decidiu mesclar várias etnias e religiões no contexto da trama que tem como base da mensagem a ser passada: o cristianismo. O grande foco é mostrar um jovem crente que em alguns momentos é “menosprezado” pela sua fé, talvez o primeiro questionamento seria "porque as outras religiões se apresentam como opressoras?", mas isso seria destaque em outra postagem. Se você deseja assistir, saiba que o filme rodeia um debate acerca da existência de Deus, esse é o ponto alto do filme com uma construção teológica muito bem amarrada, servindo como uma evangelização “cult”. Até aí o filme caminha bem, com pequenos vacilos de enredo até chegar a parte do filme que poderia ser tratada de uma forma diferente, a morte do professor ateu, que em um ato de última oportunidade se vê forçado a se converter ao evangelho após sofrer um acidente gravissímo enquanto "agoniza entre a vida e a morte" e adivinha? Sim, tendo a participação do pastor como mediador dessa trágico e evangelístico fim. E porque acho que esse trecho deixou a desejar? O filme tem ótima citações bíblicas, com referências teológicas e uma ótima locução. A morte trágica do professor tira o efeito da pregação e convencimento do espírito, pois passa a ser o desespero o motivo de sua conversão, todavia consigo enxergar potencial nessa obra que trouxe uma repaginada aos filmes “gospels”. O “Deus não está morto” é um ato de defesa contra muitos opositores que declaram o cristão como um ser de cultura pobre, pois demonstra a eficiência das obras dos renomados escritores cristãos no enredo do filme e a importância de suas teologias na sociedade.

POSITIVA:

    Percebemos que houve uma preocupação com muitos detalhes nessa “obra”. Foram realizadas contratações de atores famosos para chamar mais público, o que julgo necessário para filmes de exibição cinematográfica. Outro ponto é a proposta do filme que se difere muito dos filmes “mais tradicionais”, aqui vemos uma discussão lúdica acerca da fé e não somente isso, o uso de obras literárias, algo que enriquece e instiga o espectador.

    É bom pontuar a atuação desse filme que é “boa” e ainda mais o capricho que tiveram para não deixar o filme chato e monótono. Tirando alguns clichês que sempre vemos, aqui a “coisa” foi mais intensa, as discussões foram mais bem elaboradas, os cenários foram mais bem construídos, mas o que mais me fez feliz, foi ver a ciência cristã engajada e viva.

NEGATIVA:

    As considerações negativas já foram muito bem retratadas, mas preciso discorrer mais sobre isso como os casos de outras religiões e etnias serem mostradas como desprezíveis na sociedade do filme, como se fossem um câncer deteriorando a sociedade, a forma como abordaram foi apelativo e isso ainda tratarei em uma postagem mais elaborada, algum dia.

    Considero muito positivo que os clichês ficassem em menos evidência, mesmo assim eles ainda estão por aqui e infelizmente quando aparecem são extremamente invasivos e chamativos, sim, chamam a atenção até demais, em alguns momentos até tirando a tensão da cena e levando a um âmbito de “preconceito religioso e superioridade cristã”. 
    Agora para encerrar, o pior de tudo nesse filme, o final. Mas que decepção foi essa, estava "empolgado" assistindo o filme, é quase um luto declarado quando acontece o trágico acidente que foi tanto na “obra” quanto no intelecto. Esse “fim” me fez pensar se poderia existir uma parte 2 e acredite, há.

SINOPSE:
Josh Wheaton (Shane Harper), um jovem cristão, se matricula em uma universidade que possui aulas de filosofia, administradas pelo professor Jeffrey Radisson (Kevin Sorbo) — um ateu — que exige que seus alunos entreguem-lhe uma declaração de que "Deus está morto" para poderem obter uma nota de aprovação. Josh é o único aluno da classe que se recusa a assinar e por isso Radisson exige que ele debata o assunto, de modo que o estudante tenha de provar que Deus não está morto; mas permite que o conjunto da classe decida quem ganha.

Link da Sinopse (WIKIPÉDIA)